But realism in itself is not art; it is only psychological or spiritual realism that is so. What has value is the artistic truth, i.e., the truth distilled from actual life but released from all unnecessary details—the truth filtered through an artist’s mind. What happens on the screen is not reality, and it cannot be so, because, if it were, it wouldn’t be art. — Carl Dreyer, “Thoughts on My Métier” (1943)
Para todos aqueles que continuam com a falácia do cinema-vérité na ponta da língua, ou em outra qualquer ponta anatómica. Cinema-vérité é tão paradoxal como Pinto da Costa Inocente*, Zezé Camarinha celibatário, Cavaco Silva relevante ou Soraia Chaves actriz**. Se na vida real o próprio olhar já é subjectivo, se a percepção das coisas é ambígua e variável, se ninguém encontra a Verdade, como é que pode alguém ainda continuar a usar tal expressão em relação a determinada arte?
* a auto-flagelação está marcada para a alameda do Dragão, por volta das 16 horas do próximo Sábado.
** a Soraia vai ter uma cobra enrolada ao corpo no próximo filme, onde vai desempenhar o papel de uma amante bissexual de Salazar (esta história, apurou este blogue, saiu da imaginação de Arthur C. Clarke). A Soraia não é parva nenhuma, e neste mundo onde o que o pessoal quer é mamas e cus enquanto esmigalha pipocas na boca, ela trata de tirar o melhor partido da frutosa imaginação do Criador. Nada a censurar. Só espero é que ela mais tarde não venha com as lamúrias do "typecasting".