24/07/2008

gelado #42

Tomando em consideração aquilo que li na blogo-isfera e na imprensa nas últimas três semanas, gostava de me encontrar numa esplanada, à sombrinha de uma árvore, com os senhores Robert Allen Zimmerman e Leonard Norman Cohen, só para tirar a pratos limpos duas pequenas dúvidas que me atormentam a existência desde que li não sei adonde que o senhor Robert Zimmerman "tinha mudado o mundo tal como o conhecemos" ( o quê? exponenciou a venda da gaita de beiços?). A primeira dúvida seria desfeita com o seguinte processo: levantar-me-ia solenemente do banco da esplanada, e num momento de profundo transe espiritual-metafísico, atravessaria a mão pelos corpos de ambos os senhores, assim confirmando a teoria de que ambos planam um palmo acima da terra e de que não fazem parte desta triste materialidade gravitacional (é penoso confessar, mas em mim ainda há uma réstea de esperança de que ambos sejam apenas homens de carne e osso, com os seus deveres fisiológicos nada divinos. As minhas desculpas por ainda alimentar tamanha ideia mesquinha). Após esta certeza, que aliviaria o meu pobre e céptico coração, sentar-me-ia, e enquanto colocava o açucar no café, faria a seguinte questão: Senhores, meus bons senhores, agora que também eu comungo da indubitável certeza de que ambos estais noutra dimensão, assim me juntando a todos os crentes que, maldito seja eu, algo jocosamente li nos últimos tempos e que testemunhavam a vossa grandeza, tomai a bondade de responder a esta pergunta de este vosso humilde servo: qual é a sensação de nenhuma alminha os colocar em cheque?. O senhor Robert, num gesto magnânimo digno dos deuses, responderia: tenho aqui o Senhor Mandela para o esclarecer sobre isso.

a palavra ambos surge quatro vezes neste post. À atenção de Vasco Graça Moura ou mesmo de Ricardo Araújo Pereira.
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