Da terra: planos pormenorizados, com grande efeito lírico, de pomares sob bátegas de chuva. Tocante momento de uma obra que alterna entre o grotesco e o sublime, o panfletário e o difuso, a máquina e o ser humano, mas sempre, sempre, com a natureza como centro aglutinador (Malick já deve ter visionado mais vezes isto do que JBC aquele filme do Nick Ray) da atenção do cineasta. É quase um luxo, nos dias que por aí vão sucedendo, ver alguém (mesmo que há quase oitenta anos) perder tempo com a ondulação das searas e cavalos a comer feno. Permaneço com esses momentos, esquecendo vergonhosamente, camaradas, a grande causa da colectivização agrícola. Como lição de montagem soviética, consultem livros da especialidade. Zemlya, Aleksandr meu deus, este homem é um génio, é ainda melhor que o Pablo "ai jesus que ele está chegar, ai que ele vem aí, ai que ele está a aterrar, ai que agora é que é, ai, chegou, não me aguento" Aimar Dovzhenko.