Estava prestes a iniciar uma breve crónica que envolvia o Mariano Gonzalez e um martelo pneumático, quando vejo que no canal 1 começa o Goodfellas (neste momento o Franciú está no bar a apresentar o plano do assalto a De Niro e a Liotta). Sobre o filme, não tenho mais nada a acrescentar ao que já foi escrito e dito ao longo de dezoito anos em milhões e milhões de letras e verbalismos. Claro que uma obra poderá ser sempre reavaliada ao longo dos tempos, em variação de contextos, mas este post não tem nada a ver com isso. Tem a ver com a pedagogia de Goodfellas, demonstrada nesse fotograma. Foram precisos alguns anos de gradual aperfeiçoamento, mas estou em condições de divulgar que, hoje em dia, o cortar de alho da minha pessoa segue ao milímetro a sábia técnica de Paulie. Requer paciência, nervos de alumínio, e um notável domínio da força da técnica sobre a técnica da força, mas a recompensa de tanto árduo labor terá uma bela recompensa, da qual eu estarei prestes a descobrir. Obrigado, Paulie, e que se fodam os Adriàs desta vida. Numa sala recheada com apenas uma mesa de vidro, Mariano Gonzalez encontrava-se vendado, amordaçado, e com as mãos e pés amarrados. Em cima da mesa encontrava-se um martelo pneumático...