Para Deus não há zero!
The Incredible Shrinking Man, que poderia não ser mais do que uma patuscada agradável, um saboroso guilty-pleasure dos trezentos, transforma-se numa reflexão filosófica e metafísica (sem tese, foda-se) sobre o lugar do Homem na sociedade, e a sua relação com a escala do mundo feita à sua medida (de grandeza). E onde também fica exposto o terror da perda de masculinidade, um complexo de inferioridade face à mulher carregado de ironia, se pensarmos que estamos em plenos anos cinquenta, época do all-american house, com as familiares regras hierárquicas bem definidas e o jardinzinho impecavelmente tratado. Os efeitos especiais evidenciam artesanato por todos os poros, mas nunca tombam para a cheapiness absoluta, até porque o que mais interessa a Jack Arnold é o enquadramento do seu herói na composição do plano. O monólogo final, com um picado significativo, é tão comovente que tive de me certificar a 100% de que não se encontrava mais ninguém por perto. Somos ' tão piquenos.
*****- Fabuloso. Ludivine Sagnier, Scott Walker e sardinha de Portimão.
****- Muito Bom. Gene Tierney e caranguejo com cerveja Sagres de um litro.
***- Bom. Rojões à minhota em dia de chuva.
**- Razoável. Fast-Food em dia sem tempo mais Zizek sóbrio.
*- Medíocre. Conversa de café entre José Manuel Fernandes e João Marcelino.
0- Fusão genético-molecular entre Comentador Vasconcelos, Rui Ramos, Sapunaru e Eduardo Madeira.****- Muito Bom. Gene Tierney e caranguejo com cerveja Sagres de um litro.
***- Bom. Rojões à minhota em dia de chuva.
**- Razoável. Fast-Food em dia sem tempo mais Zizek sóbrio.
*- Medíocre. Conversa de café entre José Manuel Fernandes e João Marcelino.