21/12/2008

gelado #170


A informação expelida durante as quase três horas de Zodiac daria para preencher duas Torres do Tombo e meia estante do cardeal Pacheco. Não deixa de ser significativo que, no único momento do passado Fincheriano, exista uma brincadeirinha com a sobreposição de palavras movediças num travelling, caracteres que se sucedem uns aos outros sem ligação imediata e compreensível. Paradoxal (e não é, mas a palavra do dia de hoje é paradoxal) que num filme onde tanto se fala e em que o verbo predomina sobre a imagem apenas se obtenha como resultado...uma imagem, numa das melhores trocas de olhares do recente cinema americano. Um filme actualíssimo, nesta era da Sociedade do (Des)Conhecimento, onde por cada coisa nova guardada se perdem logo duas. Revisto em Dvd.
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