Outra vez a leste, desta vez na Checoslováquia a dois anos de distância da invasão soviética (a bem do povo), e com outro denominador comum: o boneco dourado para melhor filme não americano na festa da celebração da história do cinema. Ostre sledované vlaky, de Jirí Menzel, existe para apenas uma coisa: a construcção de detalhados rituais eróticos, na corda bamba entre o cerimonial do coming of age e a porca javardeira que faria a glória de Porky's, American Pies e demais pimbalhadas para adolescente inebriado de tusa. Também há um substracto de resistência aos ocupantes nazis (isto é na 2ª Grande Guerra), mas isso é apenas um mero jogo floral para o que verdadeiramente interessa a Menzel, isto é, íntimos e silenciosos momentos a dois, ou a três, se se contar com a preciosa colaboração de um ganso, numa das mais "escandalosas" cenas sexuais da "história do cinema". O tédio da rotina de uma estação ferroviária tem que ser combatido, se possível da forma mais agradável. Esta pouca vergonha e libertinagem acabaria pouco depois, com a bendita chegada dos tanques do senhor Brezhnev (a bem do povo), e Menzel seria mais um a ser colocado na prateleira, antes da sua contricção em lambe cus. E depois de ter visto Fireman's Ball de Forman e Fruit of Paradise de Chytilová, este Ostre... parece querer provar-me que os checos (pelo menos em sessentas) são uns babadões e um povo possuído por um humor que pede meças ao mais alto nível de excentricidade. Abençoados. O regabofe que não deverá ser o balneário da selecção checa de bola.