Só falta premir o gatilho.
Há os filmes bons, os filmes muito bons, os filmes excepcionais, as obras-primas, as obras-primas absolutas, as obras-primas absolutas e indiscutíveis e quem não concordar merece ir trabalhar para a TVI, e depois há os filmes do caralho; Man Hunt cabe nesta última e prestigiada categoria. Só num filme do caralho de um realizador do caralho é que se podem efectuar rupturas de tom, entre as sombras da espionagem e as luzes da comédia de costumes, sem que que se perca o fio-de-prumo. Só um filme do caralho é que resiste, imaculadamente, à censura do jarreta Hays, que para nossa alegria colocou em off-screen (logo viva a imaginação, aleluia) uma tortura que ficaria a mais se estivesse explícita. Só um filme do caralho é que termina com a salvação do mundo a ter lugar dentro e fora (soberbo trabalho sobre o espaço) de uma caverna situada num bosque em meio de nenhures, suspense asfixiante paredes meias com a possibilidade iminente de George Sanders começar a beber com finesse o seu cházinho. E, last but not the least, só um realizador com tomates e caralho é que poderia avançar com a concretização desta obra (do caralho), numa época americana em que "os nazis não parecem ser assim tão maus". Espanto.
ou da cona. Este blogue é a favor da igualdade entre sexos.
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