Este breve texto deveria ser redigido algures entre Outubro e Março, quando as praias do nosso querido Portugal não vêm vivalma, à excepção de solitárias canas de pesca com pessoas atreladas. Mas nessa altura eu posso já pertencer a outro mundo, e assim perder-se-ia para todo o sempre o precioso conselho que se segue. Cidadão e cidadã, se está necessitado de uma frutuosa relação afectiva ou se simplesmente deseja uma noite de escaldante fodanço, não perca mais tempo a ler o pravda ou a Happy Woman e compre um cão. Preferencialmente de raça e grande. Depois, entre os meses citados, leve-o(s) -melhor ainda se forem dois ou mais- para uma praia (se tiver uma à mão) espaçosa na maré baixa, entre a tardinha e o lusco-fusco, e reze para que alguém do sexo oposto (aos gays sugiro jardins e gatinhos) tenha tido a mesmíssima ideia. Você nem precisa de fazer nada, evitando assim o constrangimento de uma possível perda de face. Limite-se apenas a ver os respectivos cães brincarem e cheirarem o cu uns aos outros, para que a conversa se inicie com prazer. Tony, Tony, não morde a cadela da menina!. Com subtileza, acentue a palavra morde. Boa sorte para o seu affaire ocasional ou para o amor. O fiel amigo. Acho que vou desmaiar.
Isto sim, isto é que é importante.