[...] O João César deixou inúmeras histórias, umas curiosas, outras patéticas, umas deliciosas e outras sublimes. As histórias podem-se ouvir de várias bocas, há quem as exagere, há quem condescenda...umas são verdade e outras nem por isso. Em 1995 recebi o recado de que ele queria falar comigo, queria ajudar-me a acabar o meu Xavier. Falei com ele e combinou-se o encontro. Falhei o encontro, mas por pouco. Pouco foi o suficiente, ele já se tinha ido embora. Levei vários dias até conseguir falar com ele, quando consegui pedi-lhe imensa desculpa e tentei marcar novo encontro. Nada feito! Afavelmente, respondeu-me que se eu não chegara a horas era por não estar interessado na sua ajuda e portanto a oportunidade estava perdida. Aprendi a lição. Este senhor não era fácil, mas momento houve em que revelou uma grande ternura, fragilidade e integridade.
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Manuel Mozos.