E, ao fim de trinta anos de listas (retomadas em 1980 após o período alcoólico da revista), Steven Spielberg viu uma obra sua coroada pelos Cahiers, e logo numa "da década". E isto depois de por lá (nas listas) terem passado nomes incontornáveis da "história do cinema" como o Craven, o Landis, ou o Rodriguez. Vale o que vale, e neste caso até vale alguma coisa, talvez a negação definitiva da mistificação aplicada à revista pelos ignorantes: a de que é "anti-amaricana" e de que só elogia "cinema esquisito e realizadores com nomes esquisitos de países esquisitos". Hitchock-Hawksianos, assim se definiam, nos primórdios, os gajos lá do sítio, numa sentida admiração por dois obscuros realizadores, um do Nepal e outro de Cinfães.