12/01/2011

canal Discovery.


Dentro de aproximadamente cinco biliões de anos, o Sol aumentará consideravelmente de tamanho, transformando-se num Gigante Vermelho, fritando e engolindo Mercúrio, Vénus e possivelmente a Terra. Mais uns biliões de anos e a massa do gigante volta a decrescer, até chegar ao ponto de ser pouco maior que a Terra, uma anã branca, invisível a olho nu a quem na altura ainda tiver olhos. Mais uns biliões de biliões de tempos em cima dos costados e receberá nova designação, uma anã preta, uma prova de que o Sol, quando morre, é para todos. Sem a sua força gravitacional, os planetas e luas que sobrarem andarão perdidos pelo espaço, ao som de Johnny Cash, pondo termo ao outrora designado Sistema Solar. Com a crescente expansão do universo, mais rápida que a velocidade da luz ou mesmo do que a duração de um plano do Tony Scott, o espaço vazio universal será cada vez maior, e a energia necessária para o nascimento de novas estrelas será insuficiente, transformando o céu que todos os dias vemos à noite num manto de escuridão. Passados uns quinquilhões de anos, e as estrelas que restarem, anãs vermelhas (fase degenerada), também elas poucos maiores do que a Terra, eclipsar-se-ão do espaço sideral, dando lugar, durante quadrilhões de anos, ao reinado dos Buracos Negros, aka cérebro do Cavaco, que limparão tudo o que ainda mexer. Sem mais nada a mexer, até os próprios Buracos Negros terão os dias contados, nada mais restando, após o seu fim, do que um vastíssimo espectro escuro, frio, e tão preenchido como os artigos do Domingos Amaral. Muito antes disso, já os supostos seres vivos terão descoberto portas de entrada para outros e supostos universos, que devem existir por aí aos pontapés, onde cada pessoa tem o seu sósia, estando o meu, neste momento, a comer espargos . Posto isto, que sentido faz escrever qualquer manigância sobre a total mediocridade do audiovisual bué da nice de Kick Ass, um dos horrores juvenis do ano passado?
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