12/01/2011

"racismo" sulista.



Depois da visão distorcida e quase de rajada de três recentes sucessos da técnica "ei, esta câmara ' tá com epilepsia", nada melhor do que retemperar o olhar e o coração com a tranquila e harmónica massagem cinematográfica de Judge Priest, colheita Ford de 1934, um daqueles exemplos supremos de Humanismo sem demasiadas pastilhas açucaradas. Atmosfera sulista, familiar e campesina, com os tão fordianos planos de alpendres e cemitérios, e de gente sentada em alpendres e cemitérios, e com um tribunal filmado como um bar de vagabundos, e negros no papel de coro grego . Will Rogers tem a subtileza melancólica de cinquenta Bill Murrays, e Berton Churchill, afectadissimo como "vilão", tem a melhor tosse da “história do cinema”. Não recomendado a pessoas que vão ao Doc Lisboa à procura de “temas” e do socialmente correcto (Racista! Os negros ou são criados ou deficientes! Racista!). Mais gosto dá referir que este, juntamente com The Quiet Man, era o filme preferido do cineasta.

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