19/03/2011

eram os anos 80.


Peggy Sue Got Married, maravilha de melodrama com 45º graus à sombra, prova várias cousas. Prova 1): a injustiça que é cometida sobre os anos 80 de Coppola por comparação com os esfuziantes e “adultos” “eram os anos 70” (papá!). À excepção do museu de cera Cotton Club, o homem só fez grandes filmes nos tristes anos 80 (Os estúdios! Maus! Não deixam os meninos fazer os filmes que querem! Vou dar com um pau nos estúdios! ), incluindo dois dos mais silenciosos e ignorados da sua carreira, o Gardens of Stone e o Tucker, o seu Citizen Kane em ponto pequeno, com um Jeff Bridges monstruoso. Prova 2): a Kathleen Turner, ainda que toda giraça e boazuda, parecia ter aos 31 anos mais vinte do que quando, quatro anos antes, deixou de verga tesa o William Hurt no Body Heat. Prova 3): o Nicolas Cage é o melhor actor do mundo a fazer de Elvis de terceira categoria, a meio caminho entre o dengoso e a mais pura chungaria. Prova 4): o Jim Carrey já era um génio. Prova 5): não há como o John Barry para transmitir toda a doçura do reaccionarismo nostálgico. Prova 6): é possível um filme sobreviver à passagem da filha do Coppola (papá, olha a minha nova malinha e o meu sapatito cor de rosa choque!). Prova 7): é sempre uma alegria quando os assassinos de Heysel Park são eliminados das provas europeias. O neandertalismo futebolístico deve ser banido, Prova 8 e última): mas será que ninguém corre com os Deolinda à pedrada? Muito obrigado e até um dia destes. A açorda que comi há escassas três horas estava muito boa.

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