30/06/2008
gelado #18
26/06/2008
gelado #17
Sometimes received ideas become reinforced and cemented by being brought up repeatedly as critical short-hand. For example: Samuel Fuller's films are "primitive"; Lang is all about fate; Ozu celebrates quiet resignation, and keeps his camera low and static; Chabrol makes Hitchcockian films that are bourgeois satires; Bresson is austere and minimalist; Peckinpah's films revel in ultraviolence, etc, etc. Now, these pronouncements aren't exactly false, but by no means are they the whole truth and nothing but the truth. The problem is that they 'fix' filmmakers too easily and quickly, thus constraining our thinking about them to certain pre-determined pathways. Girish.
gelado #16
2. City Lights
3. The Gold Rush
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Top ten de Robert Bresson, para a Sight and Sound de há alguns valentes anos.
gelado #15
23/06/2008
gelado #14
22/06/2008
gelado #13
21/06/2008
gelado #12
19/06/2008
gelado #11
gelado #10
...
Nesta taberna.
16/06/2008
gelado #9
14/06/2008
gelado #8
12/06/2008
gelado #7
Last night I was in the Kingdom of Shadows.
If you only knew how strange it is to be there. It is a world without sound, without colour. Every thing there—the earth, the trees, the people, the water and the air—is dipped in monotonous grey. Grey rays of the sun across the grey sky, grey eyes in grey faces, and the leaves of the trees are ashen grey. It is not life but its shadow, It is not motion but its soundless spectre.
Maxim Gorky, 4 de Julho de 1896, após o seu primeiro encontro com o reino das sombras.
gelado #6
Michael Chion, David Lynch, BFI, 1995.
Impõe-se a questão: quantas árvores tiveram de ser abatidas para isto chegar ao mundo das letras?
gelado #5
09/06/2008
gelado #4
07/06/2008
gelado #3
Decerto que o leitor conhece aquela secção no EuroNews intitulada "No comments", onde imagens da actualidade- seja um incêndio na casa da vizinha ou um confronto entre polícias e manifestantes numa qualquer avenida mundial- encontram-se desprovidas de palavreado jornalístico que as contextualize. Hiroshi Teshigahara, realizador japonês, decidiu em 1984 construir um documentário sobre o trabalho de Antonio Gaudí baseado nos mesmos pressupostos: as imagens falam por si, o resto é ganga descritiva e redundante. E então lá temos travellings e zooms "elegantes" e "muito belos" sobre as diversas obras do génio espanhol, convidando o espectador à contemplação atenciosa e, se possível, ao mais puro transe meditacional. Agradece-se o gesto de divulgar, para quem queira saber, a qualidade arquitectónica do catalão, mas cabe perguntar o que diferencia isto de um mero portfólio em movimento, destituído do mínimo ponto de vista sobre o que se está a filmar, apenas se preocupando com laboriosos e decorativos enquadramentos de câmara, ao som de música apropriada. Quando procurarem um equivalente cinematógrafico da New Age Music, procurem aqui.
Dusan Makavejev, nos idos de 60 e 70, era considerado o Godard dos Balcãs, tal como o futebolista romeno Gheorghe Hagi, na década de oitenta, era divinizado ao estatuto de Maradona dos Balcãs. W.R -Misterije organizma, o filme mais divulgado internacionalmente do cineasta jugoslavo, leva-me a ponderar a hipótese de Makavejev ter arranjado maneira de viajar vinte anos no tempo, visionado uns quantos filmes de Emir Kusturica, regressado à sua época e posteriormente ter metido mãos à obra. Obra excessiva, histérica, aos saltinhos e gritinhos, com uma montagem fragmentada e dissonante (ui, Godard), W.R desbarata por completo o seu início prometedor, um registo documental em tom levemente sarcástico sobre a vida e obra do DR. Wilhem Reich, em território norte-americano, para subsequentemente inserir à martelada a história de uma jovem comunista na Jugoslávia de setentas, defensora de uma revolução sexual no interior do proletariado. O mais curioso nesta salganhada "não-linear" e muito "anti-narrativa", é que ao fim de meia hora já sabemos o filme de cor e salteado e a sua mensagem já está bem identificada: liberdade sexual já!, abaixo a repressão política aos sentimentos. Por mais que tentem baralhar a cabeça do espectador com jump-cuts, saltos temporais e bricolage pós-modernaça, há filmes tão previsíveis como o mais banal filme de género. O porquê deste W.R ser incensado leva-me a questionar a sanidade mental dos seus admiradores.